A extensão do edifício-sede da Ordem dos Arquitetos preserva um antigo armazém industrial que, embora de pequena dimensão, detém valor patrimonial.
Tendo em conta o posicionamento do edifício preexistente – implantado na esquina de uma das principais praças da cidade –, considera-se que a futura Galeria de Exposições deve assumir a proporção que melhor a relacione com o delicado tecido urbano envolvente. Desse modo, o antigo armazém é ampliado, adaptando a escala e gramática arquitetónica originais às exigências da cidade, conferindo-lhe o protagonismo que lhe permita melhor articular a Praça e as ruas que lhe são contíguas.
Os espaços internos resultam entã, dessa vontade: a que estabelece uma forte relação entre o edifício-mãe – a sede da Ordem dos Arquitetos -, a sua extensão – contendo um espaço expositivo e um restaurante aberto para a rua -, e a cidade.
Tendo em conta a necessidade de preservação das preexistências, o projeto recorre aos sistemas construtivos em presença, nomeadamente pelo uso de paredes maciças em pedra, arcos portantes e lajes abobadadas, pavimentos de madeira e vãos metálicos.

[com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]