Novo pavilhão de aulas e espaços públicos para a Faculdade de Letras
2020

O novo edifício da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa implanta-se numa área de expansão a norte da Cidade Universitária, colmatando um vazio urbano entre o centro do complexo e os novos acessos. Por isso, ao edifício cabe o papel de reconfigurar o modo como se acede ao Campus, delineando um conjunto de atravessamentos pedonais que estabelecem uma articulação entre o complexo universitário e a cidade.
Em simultâneo a esta sua participação nos fluxos quotidianos da Universidade, o edifício deverá garantir a sua autonomia e a sua articulação com o edifício-mão da Faculdade de Letras, de modo a complementar a oferta de espaços de formação da instituição. Por isso, o edifício organiza-se em torno de um pátio, que se torna o centro do complexo.

[2º Prémio em concurso público; com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]

Complexo hoteleiro com spa, restaurante e espaços públicos
2020-...

O hotel organiza-se em torno de dois claustros que recebem dois jardins distintos. Na Ala em redor do Jardim de Verão instalam-se as áreas balneares – piscina interior e exterior, ginásio e estância termal – e, na Ala oposta, o Centro de Congressos, junto ao Jardim de Inverno.
No centro, entre as Alas, localizam-se os espaços comuns do hotel: átrios e receção, cafetaria e sala de refeições, procuram uma relação de proximidade com a paisagem lacustre.
Tendo em conta a fragilidade do território, o projeto recorre a sistemas construtivos baseados no uso de madeira, aplicados a elementos estruturais, fachada e acabamentos; cuja modularidade permite a sua fabricação em oficina. Os módulos serão posteriormente transportados e assemblados in-situ.

Residências, parque de estacionamento, comércio e espaços públicos
2018

Mais do que um projeto de edifícios, as Residências Universitárias são pretexto para uma intervenção urbana, promovendo a ideia de Bairro. Através dele, procura-se alterar a dispersão do Campus Universitário, criando e consolidando espaços públicos – ruas, praças e quarteirões -, ligando-os à malha da cidade.
Em simultâneo, estabelecem-se relações com os edifícios universitários construídos nas décadas de 50 e 60, através da apropriação das suas gramáticas e dos respetivos modelos espaciais, que são alvo de revisitação crítica.
O programa funcional, constituído por habitações para estudantes, áreas comerciais e um parque de estacionamento, organiza-se segundo um esquema hierárquico que se adapta à inclinação natural do terreno, estabelecendo patamares diferenciados, que servem funções distintas.

[2º Prémio em concurso público internacional]

Hotel, Spa e Centro de Congressos
2018

[texto em breve]

Reconversão e ampliação da Escola Secundária de Paço d'Arcos
2009-2016
  • A Escola Luís de Freitas Branco localiza-se numa área suburbana em expansão, composta por edifícios de habitação, vias rápidas e instalações comerciais dispersos por um território até há pouco tempo ocupado por campos agrícolas e estruturas industriais.
  • A Escola, inaugurada na década de 70, organiza-se originalmente em torno de pequenos pavilhões pré-fabricados, implantados num terreno de forte inclinação. Ao longo dos tempos, com a consolidação da malha urbana, o perímetro da escola foi sendo rodeada por pequenos edifícios de habitação; anulando a sua relação com as principais vias de comunicação. O acesso e a circulação interna eram difíceis, e os edifícios encontravam-se muito degradados.
  • O projecto tira proveito de parte dos pavilhões preexistentes – que são recuperados, para aí se instalarem as salas de aulas -, reorganizando toda a estrutura funcional do complexo escolar em torno de dois grandes espaços exteriores: a praça de recepção e o pátio de recreio. Os limites de ambos os pátios são definidos por dois novos edifícios – o Edifício Central e o Edifício Pedagógico -, que estabelecem as ligações internas e externas da escola; separando fisicamente a Praça e o Recreio, unindo-os funcionalmente.
  • As áreas de circulação são considerados espaços de estar, de convívio e de estudo. A entrada principal ao complexo é redesenhada, de modo a recuperar a relação urbana entre o complexo escolar e a vila de Paço d’Arcos.
  • Após a conclusão da obra, observa-se uma assinalável melhoria dos resultados académicos dos alunos, um exponencial aumento da comunidade estudantil, e o uso dos edifícios por parte da comunidade ao longo de todo o ano.

 

  • [com a.s* – atelier de santos]