[texto em breve]
[com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Apartamentos, comércios e espaços públicos
2022
[texto em breve]
[2º Prémio em concurso público; com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Residências, sala estudo e refeitório
2021
[texto em breve]
[2º Prémio em concurso público; com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Laboratórios e gabinetes médicos
2021
[texto em breve]
- [com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Centro cultural, auditório e cafetaria
2021
O novo edifício da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa implanta-se numa área de expansão a norte da Cidade Universitária, colmatando um vazio urbano entre o centro do complexo e os novos acessos. Por isso, ao edifício cabe o papel de reconfigurar o modo como se acede ao Campus, delineando um conjunto de atravessamentos pedonais que estabelecem uma articulação entre o complexo universitário e a cidade.
Em simultâneo a esta sua participação nos fluxos quotidianos da Universidade, o edifício deverá garantir a sua autonomia e a sua articulação com o edifício-mão da Faculdade de Letras, de modo a complementar a oferta de espaços de formação da instituição. Por isso, o edifício organiza-se em torno de um pátio, que se torna o centro do complexo.
[2º Prémio em concurso público; com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Novo pavilhão de aulas e espaços públicos para a Faculdade de Letras
2020
O hotel organiza-se em torno de dois claustros que recebem dois jardins distintos. Na Ala em redor do Jardim de Verão instalam-se as áreas balneares – piscina interior e exterior, ginásio e estância termal – e, na Ala oposta, o Centro de Congressos, junto ao Jardim de Inverno.
No centro, entre as Alas, localizam-se os espaços comuns do hotel: átrios e receção, cafetaria e sala de refeições, procuram uma relação de proximidade com a paisagem lacustre.
Tendo em conta a fragilidade do território, o projeto recorre a sistemas construtivos baseados no uso de madeira, aplicados a elementos estruturais, fachada e acabamentos; cuja modularidade permite a sua fabricação em oficina. Os módulos serão posteriormente transportados e assemblados in-situ.
Complexo hoteleiro com spa, restaurante e espaços públicos
2020-...
A extensão do edifício-sede da Ordem dos Arquitetos preserva um antigo armazém industrial que, embora de pequena dimensão, detém valor patrimonial.
Tendo em conta o posicionamento do edifício preexistente – implantado na esquina de uma das principais praças da cidade –, considera-se que a futura Galeria de Exposições deve assumir a proporção que melhor a relacione com o delicado tecido urbano envolvente. Desse modo, o antigo armazém é ampliado, adaptando a escala e gramática arquitetónica originais às exigências da cidade, conferindo-lhe o protagonismo que lhe permita melhor articular a Praça e as ruas que lhe são contíguas.
Os espaços internos resultam entã, dessa vontade: a que estabelece uma forte relação entre o edifício-mãe – a sede da Ordem dos Arquitetos -, a sua extensão – contendo um espaço expositivo e um restaurante aberto para a rua -, e a cidade.
Tendo em conta a necessidade de preservação das preexistências, o projeto recorre aos sistemas construtivos em presença, nomeadamente pelo uso de paredes maciças em pedra, arcos portantes e lajes abobadadas, pavimentos de madeira e vãos metálicos.
[com Enrico Argentieri e Elena Maria Rossi]
Galeria de Exposições, salas de formação e de reunião, cafetaria
2019-2020
Monte das Servas nomeia um antigo complexo rural, composto por edifícios destinados à produção e a armazenagem de produtos agrícolas. O conjunto caracteriza-se pela gramática que é própria da arquitetura popular presente na paisagem sul alentejana: construções horizontais de paredes espessas em abobe, arcos, abóbodas e contrafortes, telhados quase planos, terraços e eiras.
A intervenção implica uma profunda reabilitação dos edifícios existentes, adaptando-os a uma tipologia turístico de baixa densidade. Algumas das estruturas preexistentes são demolidas, outras alteradas; recorrendo-se ao uso de tenologias e de sistemas construtivos tradicionais. O processo exclui o uso de infraestruturas habitualmente presentes em edifícios turísticos, como é o caso de sistemas de arrefecimento ou aquecimento do ar, mas também de sistemas elétricos e hidráulicos correntes que, aqui, são substituídos por sistemas autónomos, de produção própria.
Para além da intervenção nos edifícios, o projeto prevê a reabilitação de uma extensa área de território, reintroduzindo na paisagem as características endógenas deste lugar.
[3º Prémio em concurso]
Hotel, spa, restaurante e espaços públicos
2019
O edifício implanta-se num lote anónimo, localizado numa área de expansão da cidade que, por causa disso, se encontra num processo de profunda transformação. Propõe-se uma estrutura baseada na conjugação de módulos correspondentes às várias tipologias – quartos simples, quartos duplos, apartamentos –, que se sobrepõem num sistema meios-pisos, do qual deriva a forma do edifício.
O projeto baseia-se na criação e na sistematização de elementos pré-fabricado, construídos em oficina, posteriormente assemblados no local. A caracterização do edifício deriva do processo construtivo: a gramática e a atmosfera de cada espaço é determinada pela presença da madeira laminar, usados em elementos estruturais – vigas, pilares e lajes -, em acabamentos – paredes, pavimentos e tetos – e em fachadas.
Garante-se, dessa forma, um elevado grau de conforto e de desempenho ambiental, reduzindo os estritos limites orçamentais e temporais da obra.
Residências, comércio e espaços públicos
2018-2019
Mais do que um projeto de edifícios, as Residências Universitárias são pretexto para uma intervenção urbana, promovendo a ideia de Bairro. Através dele, procura-se alterar a dispersão do Campus Universitário, criando e consolidando espaços públicos – ruas, praças e quarteirões -, ligando-os à malha da cidade.
Em simultâneo, estabelecem-se relações com os edifícios universitários construídos nas décadas de 50 e 60, através da apropriação das suas gramáticas e dos respetivos modelos espaciais, que são alvo de revisitação crítica.
O programa funcional, constituído por habitações para estudantes, áreas comerciais e um parque de estacionamento, organiza-se segundo um esquema hierárquico que se adapta à inclinação natural do terreno, estabelecendo patamares diferenciados, que servem funções distintas.
[2º Prémio em concurso público internacional]
Residências, parque de estacionamento, comércio e espaços públicos
2018
Face ao significado de tudo aquilo que envolve Troia – o frágil equilíbrio ambiental, o oceano, a Serra da Arrábida -, o projeto desenha quatro jardins que constituem a paisagem endémica deste extenso território marcado pela mistura de geografias: a do Atlântico e a do Mediterrâneo. Os jardins são delimitados por edifícios circulares, modulares, acomodando as diversas unidades residenciais que se viram para a extensão da paisagem, que permanece protegida e intocada.
No centro do complexo, instalam-se as áreas comuns da Estância Balnear átrios, salas de espetáculos, bares e restaurantes, áreas de convívio e de saúde, espaços desportivos e piscinas.
Os edifícios são assentes em estacas e construídos em madeira assemblada.
O projeto inclui a regeneração da extensa área de dunas da frente marítima, e a manutenção dos habitats e do microclima próprios deste território.
[1º Prémio em concurso internacional]
Estância balnear em Tróia, Grandola
2018-2020
- O projecto intervém sobre a área envolvente do Palácio Nacional de Queluz, com o objectivo de a re-estruturar, organizando os acessos e a circulação viária, estabelecendo novas ligações com o tecido urbano existente. A intervenção procura repôr o carácter histórico deste lugar, restaurando o desenho arquitectónico e paisagístico originais.
- Estando em presença de um conjunto de excepcional importância patrimonial e artística, a proposta pretende repôr os aspectos de centralidade, encenação e hierarquia que dão forma à gramática barroca, simétrica e monumental, que compõe e organiza o Palácio e os seus jardins. Desse modo, ensaia-se a reposição da geometria do projecto original, nunca terminado. Recupera-se o sistema de aquedutos, estruturam-se novos espaços verdes, e reorganiza-se o sistema de acesssos e de circulações automóveis.
- [2º Prémio em concurso público; com Ferreira Neto / Ingrid Murer, Paula Simões / Catarina Patrão, Aurora Carapinha]
Restruturação da área urbana envolvente ao Palácio de Queluz
2017
- A nova ala de arte contemporânea do Museu de Lima compreende a construção de um edifício, localizado a sul do Palácio de Exposiciónes, contendo uma galeria de exposições, uma biblioteca, e um conjunto de salas de aulas e workshops; devendo estabelecer uma relação com a nova praça do museu e o extenso jardim central da cidade.
- A parte visível do edifício articula a cidade e o museu, desenhando uma nova entrada para o jardim; assumindo uma escala que se relaciona com a dimensão das avenidas e dos edifícios em seu redor.
- Esta torre – que funciona como uma espécie de totem – contém a totalidade das salas de aula. Na sua base encontra-se o novo átrio do museu, a biblioteca e a cafetaria, que se abra para o jardim. A galeria de exposições e os espaços técnicos do museu são localizados sob a nova praça do museu.
- [Concurso internacional; com Ferreira Neto / Ingrid Murer]
Projecto para a ala de arte contemporânea do museu de Lima
2016
- A Escola Luís de Freitas Branco localiza-se numa área suburbana em expansão, composta por edifícios de habitação, vias rápidas e instalações comerciais dispersos por um território até há pouco tempo ocupado por campos agrícolas e estruturas industriais.
- A Escola, inaugurada na década de 70, organiza-se originalmente em torno de pequenos pavilhões pré-fabricados, implantados num terreno de forte inclinação. Ao longo dos tempos, com a consolidação da malha urbana, o perímetro da escola foi sendo rodeada por pequenos edifícios de habitação; anulando a sua relação com as principais vias de comunicação. O acesso e a circulação interna eram difíceis, e os edifícios encontravam-se muito degradados.
- O projecto tira proveito de parte dos pavilhões preexistentes – que são recuperados, para aí se instalarem as salas de aulas -, reorganizando toda a estrutura funcional do complexo escolar em torno de dois grandes espaços exteriores: a praça de recepção e o pátio de recreio. Os limites de ambos os pátios são definidos por dois novos edifícios – o Edifício Central e o Edifício Pedagógico -, que estabelecem as ligações internas e externas da escola; separando fisicamente a Praça e o Recreio, unindo-os funcionalmente.
- As áreas de circulação são considerados espaços de estar, de convívio e de estudo. A entrada principal ao complexo é redesenhada, de modo a recuperar a relação urbana entre o complexo escolar e a vila de Paço d’Arcos.
- Após a conclusão da obra, observa-se uma assinalável melhoria dos resultados académicos dos alunos, um exponencial aumento da comunidade estudantil, e o uso dos edifícios por parte da comunidade ao longo de todo o ano.
- [com a.s* – atelier de santos]
Reconversão e ampliação da Escola Secundária de Paço d'Arcos
2009-2016
- O edifício localiza-se na proximidade das ruínas arqueológicas de Bamiyan, no norte do Afeganistão, numa área de grande significado cultural, considerados património mundial pela UNESCO. Trata-se de um vale rural, acidentado, enquadrado pelas montanhas que envolvem a paisagem, fortemente ligado às gigantescas estátuas de Buda, que até 2001 existiam nas suas encostas.
- O edifício suaviza a diferença topográfica entre os dois níveis do terreno, interligando-os, pelo interior e pelo exterior. A entrada faz-se por ambos os níveis, organizando de forma clara o programa, que assim se divide em duas áreas distintas: os espaços destinados à educação e à investigação – no piso inferior – e a sala de exposições – no piso superior, beneficiando dos espaços amplos e altos. Um pátio central desenha um oásis verde, que é chave para a articulação dos diferentes pisos do edifício. Não existe separação visual entre os espaços, interligados pelo pátio, mas também pelas circulações e átrios.
- De forma a proteger a herança cultural e social deste lugar, bem como a própria comunidade, usam-se materiais e sistemas construtivos locais, implicando menores gastos energéticos na sua produção e transporte, promovendo a economia local.
- [Concurso internacional; com pedra silva arquitectos]
Museu e centro cultural de Bamiyan
2015
- O projecto de revitalização da zona ribeirinha de Abrantes estende-se por 85 hectares, ao longo de ambas das margens do Rio Tejo. A modificação cria novas relações entre a cidade, o leito do rio e a paisagem, alterando a percepção do território e a forma com que ele é usado, facultando à população de Abrantes o usufruto das condições naturais dadas pela presença do rio.
- O Centro Náutico constitui-se como um dos elementos principais nessa estratégia. É nele que se concentra toda a actividade desportiva ligada ao rio: motonáutica, remo e vela.
- O edifício é composto por dois pisos, ligados por uma rampa exterior. No piso inferior existe um pátio, um armazém para recolha de embarcações e uma oficina. No piso superior localizam-se os tanques de treino de remo, ginásio e balneários, e uma cafetaria aberta para a paisagem ribeirinha. Assegura-se que o edifício possa ser parcialmente inundado, sem que se ponha em causa a segurança do equipamento e o seu funcionamento.
- Para a sua construção usa-se estrutura de madeira, revestida a telha, também de madeira. A manutenção do edifício será em tudo semelhante ao processo de manutenção dos próprios barcos.
- [3º Prémio em concurso limitado, com a.s* – atelier de santos]
Centro náutico de Abrantes
2008
- O Grand Hotel da Meia Praia é um complexo turístico localizado na frente marítima de Lagos, perto da barra do porto da cidade. O complexo compreende vários edifícios destinados a turismo e lazer, que incluem um hotel, um edifício de apartamentos turísticos e um conjunto de pequenas habitações de fim-de-semana, integrados num plano que une a área urbana às praias.
- A intervenção cria um ecossistema que tira partido das condições naturais deste local. Este ecossistema é composto por um conjunto de espaços naturais distintos – um bosque, um lago, vários jardins, as dunas existentes e o extenso areal –, onde são implantados os vários edifícios que compõem o complexo turístico; sendo que cada um deles faz a transição entre a malha urbana da cidade e o mar, de forma gradual, explorando o potencial de ambos os ambientes que aqui se fundem.
- Os edifícios assumem-se como elementos chave deste parque natural. A forma e a função de cada um deles é ditado pelo seu posicionamento no parque, e pelas relações que cria com a paisagem envolvente; permitindo estabelecer uma hierarquia de usos em todo o território.
- [com a.s* – atelier de santos, com Nuno Merino Rocha]
Complexo hoteleiro e residencial
2007
- Café Samt & Seide [Café de Veludo e Seda] é o nome da instalação desenhada para albergar a exposição da I Trienal de Arquitectura em Lisboa, construída no Edifício da Cordoaria, em Lisboa.
- Para a montagem da exposição – que mostra um conjunto de obras e projectos recentes de arquitectura – usam-se tecidos suspensos, que compartimentam o espaço, definindo áreas e ambientes distintos. O uso de tecidos diferentes – alguns opacos, outros semitransparentes, por vezes leves e esvoaçantes, outras vezes pesados, com cor, brancos ou pretos – cria uma sucessão de espaços de natureza diversa, labirínticos, que vão revelando [ou ocultando] os conteúdos da mostra.
- No final do percurso expositivo, instala-se um café e um pequeno auditório.
- O trabalho retoma a obra Café Samt & Seide, de Mies van der Rohe e Lilly Reich, no Berliner Funkturm, em 1927.
- [com a.s* – atelier de santos]
Projecto expositivo para a Trienal de Arquitectura de Lisboa
2007
- A Fábrica dos Leões é um antigo complexo industrial, entretanto abandonado, localizado nos arredores da Cidade de Évora. Embora o edifício não apresente qualidade significativa, nem valor patrimonial, entende-se que as características do complexo industrial permitem acomodar a Escola de Arquitectura e de Artes Visuais, dotando-a de qualidades formais, funcionais e espaciais compatíveis com o novo programa.
- A intervenção resume-se a uma operação simples, cirúrgica e pontual, que passa por retirar dos edifícios preexistentes tudo aquilo que seja desnecessário, e sobrepor-lhes a essas os elementos necessários à sua adaptação aos novos usos.
- O projecto tira partido da espacialidade e das características tipológicas e morfológicas dos edifícios existentes, acrescentando um conjunto de elementos, que se distinguem da estrutura original.
- A relação entre as preexistências e os novos elementos que a elas se sobrepõem resulta numa solução hibrida, que assume o processo de acumulação como o elemento mais caracterizante da intervenção
- [3º Prémio em concurso público por prévia qualificação, com a.s* – atelier de santos, Paulo André Rodrigues]
Escola de arquitectura e de artes visuais, Universidade de Évora
2007
- O Labirinto da Saudade é um modelo para a Casa Portuguesa.
- Todos os espaços necessários à constituição da Casa coexistem num sólido paralelepipédico, adaptado aos limites do terreno. A forma e a implantação do volume podem ser alterados de modo a adaptarem-se ao pedaço terreno onde se insiram, mantendo-se no entanto as suas dimensões gerais.
- A construção é feita de uma malha cujo desenho repete o imbricado geométrico de uma toalha bordada [à portuguesa]. O tipo de bordado utilizado na fachada estrutural irá indicar o escalão social dos seus habitantes: Rendas de Bilros para a classe alta, Bordado em Ponto-Cruz para classe média-alta, e Crochet para a classe média. As restantes classes não têm direito a casa própria.
- A casa está dividida em dois tipos de espaços distintos: aqueles que servem para ser vistos – os Espaços de Aparato -, e aqueles que não devem ser vistos – os Espaços Íntimos. Entre um e outro coabitam espaços de natureza ambígua. Os Espaços de Aparato surgem expostos ao exterior.
- Os Espaços Íntimos são totalmente encerrados pelo imbricado do bordado, permitindo que no seu interior de desenvolvam as actividades mais reservadas.
- Cada um dos espaços contidos na casa pode ter um ou mais acessos, consoante o tipo de família portuguesa em presença, os seus laços afectivos e sentimentais – amor, indiferença, paixão, tristeza, curiosidade, desprezo, excitação, ódio, inveja –, e o modo de relacionamento de cada indivíduo com a sua família.
- [com a.s* – atelier de santos]
Esboço para uma Casa Portuguesa
2005
- A Ellipse Foundation reúne uma colecção de cerca de 900 peças de arte contemporânea, incluindo obras de autores como Dan Graham, Olafur Eliasson, Cindy Sherman ou Steve McQueen. Em 2004, a instituição adquire um conjunto de armazéns,, com o intuito de aí criar um centro de artes, que sirva de depósito à colecção, permitindo a realização de exposições e outros eventos.
- O projecto reconverte o interior dos três armazéns preexistentes, criando um conjunto de salas e de galerias de exposições, espaços de conferências e projecções, gabinetes de trabalho, arquivos e depósitos para a colecção.
- Os espaços destinados à exposição de obras são desenhados de modo a acomodar intervenções que alterem a sua própria configuração original. Da mesma forma, os próprios circuitos expositivos podem ser alterados, adaptando-se às diversas intervenções que serão realizadas pelos artistas expostos.
- [com Pedro Gadanho, a.s* – atelier de santos]
Galeria de exposições
2005-2006
- O Pavilhão de Verão é um pequeno retiro, localizado num pinhal próximo da praia, em continuidade com uma construção preexistente. Acomoda um conjunto de espaços destinados ao lazer de uma pequena família, sendo usado apenas durante a época estival. Os espaços internos são divididos por biombos deslizantes, permitindo uma ocupação flexível e uma ligação entre os vários compartimentos, adaptando-se deste modo ao número de ocupantes que o pavilhão possa ter. Do mesmo modo, os espaços podem abrir-se totalmente para o exterior; transformando-se, alguns deles, em varandins cobertos.
- O edifício, assente em estacas, é construído em madeira. Usa-se apenas um perfil estrutural [20 cm x 20 cm], em pilares e vigas. Os restantes elementos construtivos [paredes, pavimento e tectos] são executados em tábua. Todos os elementos são assemblados, de modo a dispensar-se fixações metálicas.
- [com a.s* – atelier de santos]
Habitação sazonal
2005-2007
- Por entre o labirinto de canais, salinas e pequenas ilhas que aqui e ali pontuam a paisagem da laguna, ergue-se o Centro Municipal de Interpretação Ambiental de Aveiro. Aqui acolhem-se os visitantes do Parque Natural da Ria, dando-lhes a conhecer a biodiversidade do estuário Vouga.
- O edifício implanta-se sobre a linha de costa, à cota da maré baixa. O movimento de marés – controlado pelo sistema de diques e comportas da Ria – submerge parte da base do edifício, possibilitando o acesso directo, a partir do interior, a pequenas embarcações que levam os visitantes a navegar pela laguna.
- O Centro é concebido como um observatório. No seu interior coexistem uma área de exposições e um auditório, que se elevam do chão para oferecer um panorama sobre a paisagem envolvente. Através de quatro enormes e profundas janelas, enquadram-se quatro olhares sobre o território: a serenidade do plano de água da laguna, o ondular da vegetação que cresce sobre os diques, o lento movimento do céu e, ao longe, o perfil da cidade de Aveiro.
- Para a construção do Centro, recorreu-se a antigos construtores dos estaleiros navais de Aveiro, entretanto desactivados. As peças de madeira das cofragens foram construídas por dois carpinteiros ao longo de quatro anos, e os elementos metálicos foram fabricados por serralheiros navais.
- A construção do edifício estendeu-se por mais de uma década.
- [1º Prémio em concurso limitado; com a.s* – atelier de santos]
Centro municipal de interpretação ambiental da Ria de Aveiro
2003-2016
- Objectos Cruzados é o título de uma instalação concebida para albergar cinco obras, da autoria de cinco artistas plásticos.
- A obra inscreve-se num volume de 41 x 12,50 x 6,60 m. O seu interior contém as cinco obras de arte; que mais não são do que cinco espaços de natureza e tipologia diversas, desenhados em co-autoria com cada um dos artistas.
- A instalação resulta da conjugação e da forma destes cinco espaços, e também dos múltiplos percursos que os ligam entre si.
- [com a.s* – atelier de santos, Paulo Mendes, Leonor Antunes, João Pedro Vale, Cristina Mateus, Miguel Rondon]
Pavilhão para exposição temporária
2003
- O sistema DIY é composto por uma única peça pré-fabricada em betão, que contém ela própria pavimento, tecto e estrutura. O formato da peça permite a sua conjugação horizontal – criando corredores de circulação automóvel e áreas laterais para estacionamento – e vertical – permitindo a sua montagem em patamares a vários níveis de altura.
- Dada a inclinação do pavimento e do tecto, a sobreposição das peças faz-se em meios-pisos. Esta solução dispensa o uso de rampas, reduzindo a área de circulação automóvel. Da mesma forma, a sobreposição dos lugares de estacionamento leva a uma redução do espaço ocupado por cada veículo.
- A solução reduz em cerca de 25% da área, relativamente ao sistema tradicional de silos automóveis. Da mesma forma, o custo e o custo da construção são reduzidos, por comparação com um sistema tradicional. O sistema permite a construção de silos horizontais ou verticais, e a sua implantação em terrenos inclinados.
- A forma de cada solução resulta do número de módulos usados e da forma como são conjugados.
- [com a.s* – atelier de santos]
Sistema modular para construção de silos automóveis
2003
- O projecto prevê a ocupação da ruína de um edifício quinhentista – a Casa do Risco –, onde, no passado, se desenhavam as peças das embarcações que eram construídas nos Estaleiros Navais de Vila do Conde. A ruína, implantada na margem ribeirinha da cidade, encontra-se parcialmente soterrada por uma área urbana que entretanto foi construída a montante, a uma cota mais elevada.
- Ao invés de recuperar a Casa, propõe-se a manutenção da ruína. No seu interior implanta-se um edifício que une as duas cotas altimétricas, servindo de percurso público entre a marginal e a cidade. Este edifício abriga uma galeria de exposições, uma cafetaria, e um laboratório de monitorização do ambiente. As paredes da ruína da Casa do Risco são revestidas a ardósia, permitindo que as crianças as marquem com desenhos de barcos e outras histórias.
- A intervenção prevê a criação de um jardim à cota superior, a consolidação de muros de suporte da marginal, e a recuperação de uma antiga área de seca do bacalhau, agora convertida numa zona para banhistas.
- [2º Prémio em concurso limitado; com a.s* – atelier de santos]
Centro educativo para o ambiente
2002
- O edifício marca a entrada de um novo parque urbano em Vila nova de Gaia, desenhando um promontório sobre a paisagem ribeirinha. No seu interior coexistem espaços de apoio ao visitante, salas de exposições e um laboratório de monitorização ambiental.
- O percurso interno é feito por duas galeria que se entrecruzam, uma baixa, opaca e elevada – pontuada por uma janela virada para o rio -, outra alta e transparente, relacionando-se com o espaço natural envolvente.
- O Centro é integralmente construído em madeira.
- [4º Prémio em concurso públicos; com a.s* – atelier de santos]
Galeria de exposições e laboratório ambiental
2001
- A Casa do Guarda é o edifício de entrada no jardim de Ponta Delgada.
- No piso inferior existe um balcão de informações, que serve de bilheteira para ocasiões especiais. No piso superior localiza-se um posto de observação, virado para o interior do jardim, onde se instala o Guarda do jardim.
- De cada vez que o Guarda se dirige ao seu posto de trabalho, é necessário que a portada do observatório se abra. Para isso, o Guarda terá de se sentar num pequeno banco, ligado ao mecanismo de roldanas. É o peso do Guarda [132 kg] que aciona o mecanismo de roldanas, abrindo a portada, permitindo assim uma visão geral sobre todo o perímetro do parque. Da mesma forma, no momento em que o Guarda se levanta, o mecanismo faz descer a portada, encerrando a janela.
- Deste modo é possível perceber a cada momento, e em qualquer ponto do jardim, a presença [ou não] do Guarda na sua casa.
- [com a.s* – atelier de santos]
Portaria e bilheteira de jardim
2000-2001
- Il sito fa parte di un’area industriale alla periferia del capoluogo, Ponta Delgada, un misto di vecchi edifici industriali e scadente edilizia popolare di periferia. Del resto, come ha scritto Manuel Gausa, la città contemporanea non può continuare a essere assimilata a un singolo luogo ideale – da completare o ricostruire – né a un unico o possibile modello formale, ma dovrebbe piuttosto essere considerata uno spazio molteplice, decomposto e imbastardito, dinamico e perennemente incompleto fatto di coesistenze ed evoluzioni interattive e collegate.
- Questo progetto può essere descritto come il Luogo dei Luoghi, come risultato di un approccio negoziato tra edifici e paesaggio. Le componenti del programma [alloggi e relative strutture per trecento studenti] risultano distribuite su quattro edifici sospesi sopra una sequenza di strisce di terreno coltivato a parco, ognuna con caratteristiche diverse.
- La striscia di parcheggio e la via urbana fungano da area di connessione; la banda verde è una frontiera visuale, la via centrale gestisce la distribuizione interna, mentre la eventi striscia è il luogo in cui accadono le cose: un aranceto, un campo di gioco, un giardino e un labirinto per gli amanti, una pista ciclabile e, infine, un’area verde multiuso.
- Si tratta di un lavoro tra il poetico e il pragmatico, che ha portato qualcosa di nuovo grazie a un approccio originale all’architettura, in cui la tradizione moderna si fonde con la contemporaneità. Esplorando incessantemente nuove strade per la pratica architettonica, con questo progetto Machado Costa stabilisca un punto di svolta per la architettura.
- Carlos Sant’Ana, La Casa per Studenti, in Domus 913; pp. 38-42.
- [1º Prémio em concurso público; com a.s* – atelier de santos]
Complexo de residências universitárias
1998-2007
- Ici la confluence du Tage et du Zêzere annonce le delta. La terre et l’eau mêlées, un paysage fondé sur l’indécision, une rue limoneuse, instable où la végétation rebattue par les crues ne se relève pas. Dans le territoire du Ribatejo, les chevaux lusitaniens et les troupeaux de toros habitent le lit dilaté du fleuve. Des étendues vagues, de petites constructions blanches aux typologies sommaires. Un compromis entre la terre et l’eau. Pour contruire un bâtiment agricole à Aldeia do Poço Redondo près de Tomar, Pedro Machado Costa repris la typologie des Espigueiros, sorte de greniers à maïs ou à grains traditionnels, volumes détachés du corps des fermes qui signent l’environnement d’un trait bref.
- Sans outre prétention que d’être utile, ces petites parallélépipèdes de pierre juchés sur pilotis faisent souvent l’object d’un traitement particulier, d’un geste sentimentale que élève au-dessus de la fonction, et qui émeut. Il en va ainsi de ce bâtiment agricole contemporain, première oeuvre du jeune architect qui développent une production hardie.
- Tirant l’object vers l’anonymat contemporain de la boîte, Machado Costa est affranchis d’une reprise littérale de l’Espigueiro et on plus ainsi faire entrer le programme. De la tradition, ils ont récupéré ds éléments architectoniques tels que les parois ajourées construites en briques – plutôt qu’en bois ou en pierre – que baignent l’intérior dans un demi-jour de dentelle. Ils ont donné ainsi au bâtiment l’expression la plus juste, la réponse la plus rapprochée de la nature de la nature existentielle de cette architecture pour le travail – sa modestie.
- De qui est l’un des plus beaux projets au monde.
- Dominique Machabert, in Techniques et Architecture
- [com a.s* – atelier de santos]
Arrecadação agricola
1998-2001
- O edifício ocupa um terreno contíguo ao Palacete Vicente Ferreira, uma construção do séc. XVII, com relevantes características arquitectónicas e patrimoniais.
- O projecto faz articulação de ambos os edifícios de modo a albergar e exibir o espólio antropológico e etnográfico que constitui a principal colecção da Casa da Cultura de Ribeira Grande. Num e noutro edifícios são dispostos um conjunto de espaços de apoio ao funcionamento do museu, uma sala para exposições temporárias, um auditório e uma cafetaria.
- O museu é desenhado de modo a dar sequência ao circuito expositivo que se inicia no Palacete. O percurso eleva-se do chão, encadeando um conjunto de galerias, com características distintas, relacionadas com as peças a exibir. Cada um destes espaços constitui uma oportunidade de olhar o palacete e a cidade. O percurso expositivo culmina na cobertura do edifício, oferecendo-se ao visitante um largo panorama sobre a paisagem da costa norte da Ilha de S. Miguel.
- O novo edifício é construído em betão. O Palacete é alvo de restauro, mantendo-se a sua estrutura tipológica e o seu sistema contrutivo originais.
- O projecto inclui o desenho dos jardins do Museu.
- [1º Prémio em concurso público; com a.s* – atelier de santos]
Projecto para recuperação e ampliação da Casa da Cultura de Ribeira Grande, Açores
1999-2003
- A Biblioteca é um edifício de pequenas dimensões, situado num extremo residual do Campus Universitário. Nasce de um bloco de pequeno porte, sobre o qual se justapõe um volume aéreo, que vai repousar no limite externo do recinto, recompondo a rua pública ao campus universitário.
- O edifício é atravessado axialmente por uma rampa, inscrevendo uma fractura interna que o estrutura, a partir da qual, se memoriza uma sinopse do próprio espaço: um lugar cavernoso, de luzes superiores e laterais, interceptadas por elementos estruturais, vigas ou pilares, maximizados no seu potencial plástico. A sobreposição de temas compositivos historicamente antagónicos – pilares mais paredes, por exemplo – é cumulativo; permite submergir num mundo que remete a uma hipótese experimental, um processo construído numa sugestiva hesitação.
- Pedro Machado Costa trabalha uma complexidade estrutural, numa condição pouco enfática na tradição portuguesa, que se reflecte na materialidade do edifício, no modo como os volumes se constroem no desafio à gravidade, uma quase desequilíbrio expressionista. Com excepção da escala, que é usada contextualmente, quaisquer elementos materiais conotados com uma impressão localizada são afastados.
- A Biblioteca vem beber a histórias diferentes, numa ruptura com raízes no anticlassicismo dos construtivistas russos. São assim projectos como este que possibilitam antever, para a arquitectura portuguesa, caminhos traçados em moldes menos suaves.
- Ana Vaz Milheiros: Português menos Suave, in Público
- [1º Prémio em concurso público; com a.s*- atelier de santos]