• Por entre o labirinto de canais, salinas e pequenas ilhas que aqui e ali pontuam a paisagem da laguna, ergue-se o Centro Municipal de Interpretação Ambiental de Aveiro. Aqui acolhem-se os visitantes do Parque Natural da Ria, dando-lhes a conhecer a biodiversidade do estuário Vouga.
  • O edifício implanta-se sobre a linha de costa, à cota da maré baixa. O movimento de marés – controlado pelo sistema de diques e comportas da Ria – submerge parte da base do edifício, possibilitando o acesso directo, a partir do interior, a pequenas embarcações que levam os visitantes a navegar pela laguna.
  • O Centro é concebido como um observatório. No seu interior coexistem uma área de exposições e um auditório, que se elevam do chão para oferecer um panorama sobre a paisagem envolvente. Através de quatro enormes e profundas janelas, enquadram-se quatro olhares sobre o território: a serenidade do plano de água da laguna, o ondular da vegetação que cresce sobre os diques, o lento movimento do céu e, ao longe, o perfil da cidade de Aveiro.
  • Para a construção do Centro, recorreu-se a antigos construtores dos estaleiros navais de Aveiro, entretanto desactivados. As peças de madeira das cofragens foram construídas por dois carpinteiros ao longo de quatro anos, e os elementos metálicos foram fabricados por serralheiros navais.
  • A construção do edifício estendeu-se por mais de uma década.

 

  • [1º Prémio em concurso limitado; com a.s*  – atelier de santos]